terça-feira, 12 de março de 2013

O que é mesmo um advérbio?




Mostre aos alunos que essa classe de palavras não é um "bicho de sete cabeças", e que ela serve para completar ou modificar o sentido das frases
Por Gabriela Lara da Cruz Lucas*



Objetivos:

Compreender a função dos advérbios na Língua Portuguesa
Internalizar o conceito de advérbio a partir de atividades com textos e atividades lúdicas com o corpo
Alertar sobre os perigos virtuais e incentivar o uso consciente da internet
Faixa etária: 4º e 5º ano com modificações
Duração: 4 aulas



* Gabriela Lara da Cruz Lucas é professora de Língua Portuguesa, formada em Letras pela PUC-SP, e mestre pela Faculdade de Educação da USP. Atualmente, estuda a interface entre a Psicanálise e o ensino de Língua Materna.
Cedo ou tarde? Antes ou depois? Aqui ou ali? Será que seus alunos sabem o que todas essas palavras têm em comum? Elas são advérbios, a classe de palavras que caracteriza o verbo, especificando seu sentido, dando-lhe cores e vivacidade. O advérbio não só especifica o verbo como pode também modificá-lo, atribuindo-lhe um novo sentido. Por exemplo, a frase “Chegamos” comunica um sentido distinto da frase “Chegamos tarde”.

No primeiro enunciado, o objetivo comunicativo é a informação da ação de chegar, já no segundo o objetivo é informar o tempo da ação ocorrida, sendo a palavra “tarde” o advérbio de tempo responsável por modificar o verbo “chegar”. Os advérbios podem também modificar um adjetivo e até mesmo outro advérbio: em “Chegamos muito tarde”, o advérbio de intensidade “muito” especifica o sentido do advérbio “tarde”. Esta edição dá sequência àquelas que contemplaram outras classes de palavras.

O advérbio, geralmente, é um conteúdo rapidamente trabalhado apesar de sua complexidade, por isso esse plano de aula disponibiliza propostas de trabalho que pretendem construir com os alunos o conceito de advérbio. Se as crianças já internalizam o conceito de verbo, a turma já tem condições para se aventurar por essa nova classe de palavras!

Construindo o conceito de advérbio

O prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade e de contiguidade. Assim como o adjetivo é próximo ao substantivo, o advérbio é próximo ao processo verbal, de maneira a caracterizá-lo, indicando as circunstâncias desse processo. Para explicitar isso às crianças, nada como a boa e velha lousa! Mas não dê o conceito pronto, construa-o com os alunos! A construção do conceito é muito mais rica, além de ser uma maneira de estimulá-los a utilizar o pensamento lógico.

• Coloque no centro do quadro negro dois verbos flexionados em tempos verbais distintos. Nos exemplos abaixo, o verbo “sair” está flexionado na primeira pessoa do singular e no pretérito perfeito, já o “cozinhar” está na primeira pessoa do plural e no presente do indicativo. Depois, peça aos alunos que adicionem informações distintas a esse verbo e anote na lousa os advérbios referentes ao verbo, mas sem classificá-los:


• Feito isso, construa o conceito de advérbio com os alunos, indagando: qual a função das palavras levantadas por vocês? Escreva na lousa as hipóteses dos alunos que sejam mais verossímeis, é comum eles dizerem, por exemplo: “é o adjetivo do verbo”, entre outras afirmações pertinentes.

• Só então, nomeie a classe de palavras, dizendo que as palavras e expressões levantadas pelos alunos são os “advérbios”. Então, pergunte: a que outra classe de palavras esse nome, “advérbio”, diz respeito?
• Reúna as hipóteses, escrevendo o conceito na lousa, fazendo uso de expressões e das palavras dos alunos.

• O último passo é ler em voz alta o conceito de advérbio de alguma gramática confiável da sua escolha. Esclareça que eles estão aprendendo uma nova classe de palavras que tem como função primordial caracterizar o verbo, modificando seu sentido. Mas não se esqueça: o conceito ainda está incompleto, pois o advérbio também modifica o adjetivo e o próprio advérbio! Se julgar que a turma está preparada, vale dar exemplos, do contrário, isso pode ser feito nos anos seguintes.
Dica esperta!
À medida que o alunos adicionarem advérbios, faça combinações oralmente: “Não saí com meus amigos”, “Não saí de carro”, “Apesar da falta de tempo, cozinhamos para eventos”, “Jamais cozinhamos em restaurantes”. A construção de orações, fazendo uso dos advérbios, mostrará como ele é capaz de modificar o sentido comunicativo do  enunciado!

quarta-feira, 6 de março de 2013

VOCÊ SABE…




…qual é a origem das palavras anfiteatro e apogeu? E de onde vem a expressão “entrar com o pé direito”?
1. Anfiteatro é uma palavra de origem grega. Juntamos o teatro, que já conhecemos, com “anfi”, que quer dizer “dois”.
É interessante lembrarmos os anfíbios, que são aqueles animais de “duas vidas” (anfi+bio), porque vivem na terra e na água.
O teatro tradicional é aquele em que temos o palco para apresentações e à sua frente fica a plateia. Ao juntarmos dois teatros, temos um anfiteatro. Portanto, um anfiteatro é um teatro onde o público fica dos dois lados. O anfiteatro pode ser oval ou circular, com palco ou estrado e arquibancadas, para representações teatrais, aulas, palestras ou demonstrações. O Coliseu de Roma é um dos melhores exemplos de anfiteatro, daí o seu nome “colosso de Roma”.
Hoje em dia, as praças de touros e os estádios de futebol poderiam ser chamados de anfiteatros.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

PROVINHA BRASIL
Matriz de Referência para Avaliação da Alfabetização e do Letramento Inicial
1º EIXO Apropriação do sistema de escrita: habilidades relacionadas à identificação e ao reconhecimento de princípios do sistema de escrita. Habilidade (descritor) Detalhamento da habilidade (descritor)
D1: Reconhecer letras.
Diferenciar letras de outros sinais gráficos, identificar pelo nome as letras do alfabeto ou reconhecer os diferentes tipos de grafia das letras.
D2: Reconhecer sílabas.
Identificar o número de sílabas que formam uma palavra por contagem ou comparação das sílabas de palavras dadas por imagens.
D3: Estabelecer relação entre unidades sonoras e suas representações gráficas.
Identificar em palavras a representação de unidades sonoras como:
o letras que possuem correspondência sonora única (ex.: p, b, t, d, f);
o letras com mais de uma correspondência sonora (ex.: “c” e “g”);
o sílabas. 2º EIXO Leitura Habilidade (descritor) Detalhamento da habilidade (descritor)
D4: Ler palavras.
Identificar a escrita de uma palavra ditada ou ilustrada, sem que isso seja possível a partir do reconhecimento de um único fonema ou de uma única sílaba.
D5: Ler frases.
Localizar informações em enunciados curtos e de sentido completo, sem que isso seja possível a partir da estratégia de identificação de uma única palavra que liga o gabarito à frase.
D6: Localizar informação explícita em textos.
Localizar informação em diferentes gêneros textuais, com diferentes

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Atividades de Português – 4º ano




                                                 

I- Texto
A árvore que fugiu do quintal
       
        No tempo dos quintais, quando as crianças de hoje ainda nem haviam nascido, o mundo era muito bonito. Em todo lugar havia muitas árvores, flores, passarinhos e borboletas de todas as cores.
        Quando cansados, desciam correndo, rindo e falando alto: “O último a chegar lá é mulher de padre!” E eu tinha de tomar muito cuidado para não deixar nenhum menino cair de mim. Já com sono de tanto brincar e de barriga bem cheia, procuravam minha sombra, recostavam no meu tronco e dormiam  à beça até o sol se pôr.
        Vivíamos bem felizes até aparecer na cidade um homem grande, de nome Serjão, gordo feito uma baleia, com bigodão e voz grossa de meter medo.
        Serjão começou a comprar tudo; matava as árvores, destruía as casas. Por fim, tapava a terra toda com cimento e construía, no lugar, edifícios de vinte andares.
        O nosso mundo foi ficando feio. As crianças já não tinham quase mais lugar para jogar bola de gude, nem árvores para subir, nem terra onde brincar. E aconteceu que o pai do Joãozinho teve de vender a casa. Serjão foi lá no quintal e mandou derrubar tudo: “ Hoje, a casa. Amanhã, a árvore”. O baleião me revoltou. Ah... que vontade de dar uma galhada nele.
        Os homens são uns bobões. Pensam que as árvores só servem para enfeitar. Mas nós percebemos tudo. Não temos nariz, mas respiramos. Não temos coração, mas sentimos. Não temos lágrimas, mas choramos muito quando nos maltratam.
        Não sei por que os homens acham que são melhores do que nós. Brigam por qualquer coisinha... Só porque um é branco e outro, preto, já é motivo de pancada. Nós, árvores, não brigamos nunca. Mesmo se é uma mangueira e outra, laranjeira. Somos amigas sempre. Não importa de que semente tenhamos nascido.
        Naquele dia tão triste, já com saudade do Joãozinho e das crianças e com muita raiva do Serjão gordão cara de melão, resolvi fugir. Esperei ficar de noite, enquanto os homens dormiam, e com muita dificuldade arranquei da terra minhas raízes; são elas que prendem as árvores à terra, e por elas as árvores se alimentam.
        Nunca vou esquecer como doeu...como doeu. Fugi para a montanha, de onde via a cidade toda.
        Lá de cima, vi a cena mais triste. Casas derrubadas. Árvores também. A terra coberta de asfalto e cimento. Os passarinhos, alguns trazendo no bico, ninhos e filhotes incapazes de voar, fugiam com as borboletas. Um deles pousou em um dos meus galhos e me disse desesperado: “Não há como viver lá embaixo. Em breve não haverá como viver aqui, nem em lugar algum deste triste planeta Terra, que começam a chamar de planeta Cimento”.
                                                           Álvaro Ottoni Menezes, Rio de Janeiro: Nórdica, 1991.



II- Interpretação do texto.

1-Qual o tema desenvolvido no texto?_____________________________________

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2- Releia o 8º parágrafo, que indica uma resolução da árvore:

a- Por que a árvore tomou essa decisão?____________________________________

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b- Árvores não falam nem andam. Explique por que o autor atribuiu essas atitudes à árvore?______________________________________________________________

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3- Qual personagem narra a história? Como você pode comprovar isso?

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4- Releia o último parágrafo do texto:

a- O trecho que está entre aspas representa a fala de qual personagem?___________________


b- Com quem este personagem está falando?_______________________________


5- A árvore que fugiu do quintal é um texto narrativo. Leia os elementos da narrativa e complete de acordo com o texto:

Personagens principais: ___________________       ____________________

Personagens secundários: _______________________________________________

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Espaço (local):_______________________________________________________

Tempo (passado, presente ou futuro):____________________

Conflito (problema vivido pelos personagens) ________________________________

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Resolução:____________________________________________________________
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III- Produção de texto. Monte um texto de opinião, sobre o tema: Meio Ambiente.
*Como está o meio ambiente? *O que precisa ser feito para ajudá-lo?

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ana Maria Machado




Saiu a tradução em inglês de mais um livro de Ana Maria Machado.
Agora foi a vez de “Mensagem para você”, traduzido por Luísa Baêta e publicado em Dublin pela editora Little Island, que escolheu o título de “The History Mistery”, já que o enredo envolve um mistério que atravessa os séculos, em épocas diversas.
Assim, os personagens brasileiríssimos, que se moviam entre as atividades da escola e a rádio comunitária com seu programa de rap, agora estão ao alcance dos adolescentes da Irlanda. E prontos para serem conhecidos em outros países de língua inglesa.

imagens

Capa do livro publicado em Dublin, Irlanda. 
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A avaliação: limites e possibilidades



Algumas aproximações
No contexto da arte de educar, certamente a arte de avaliar re­presenta um enorme desafio, até porque, como sabemos, pela forma como se avalia pode-se comprometer todo o processo educativo.
1. Breve resgate histórico
A prática de aprovar/reprovar o aluno no final do ano parece algo natural, que sempre foi assim. Mas isto não corresponde aos fatos. Se formos resgatar a gênese histórica da distorção da avalia­ção no interior da escola elementar – seu caráter classificatório e excludente –, podemos encontrá-la entre meados do século XV e o início do século XVI, justamente no momento em que há uma forte valorização da educação e da escola, por uma série de fatores (aumento da população nas cidades, aumento da demanda de pro­fissionais qualificados para tocar os negócios em franca ascensão, esboço de uma reforma católica, a descoberta da educabilidade hu­mana, a virada antropocêntrica, a disputa religiosa entre católicos e protestantes). Essa valorização faz com que aumente muito o nú­mero de alunos nas escolas, até então pulverizadas em pequenas salas anexas a catedrais, mosteiros ou paróquias. Os professores de então tinham uma formação muito precária; os conteúdos e métodos, oriundos da universidade, não eram apropriados para as crianças; a língua utilizada era o latim e não o vernáculo; as classes eram lotadas, os recursos didáticos limitados. Aumentam fortemente, então, os problemas de indisciplina na sala de aula. Diante disso, e num contexto favorável, como estratégia de moti­vação para o estudo, passa-se a usar a avaliação com um caráter classificatório e excludente, através da junção de dois dispositivos pedagógicos que até então estavam separados: a reprovação e a divisão dos alunos em séries. Desta união, surge a repetência: a prática de o aluno não aprovado frequentar novamente uma pe­quena parcela – série – de seu curso.
2. Avaliação e motivação
Se pensarmos a avaliação no seu sentido radical, libertador, isto é, como processo de análise da realidade e de mediação para manter ou alterar a prática em função da finalidade pretendi­da, ela é, de fato, um poderoso elemento motivador: o sujeito se anima quando percebe que sua ação está dando resultado ou se Celso dos Santos Vasconcellos Artigo Junho 2007

htCaros colegas encontrei esse site muito útil, vale a pena conferir" tp s://adonisdutra.com.br/simulados-de-portugues-7ano/