quarta-feira, 30 de outubro de 2013

EU E A FERA



         


Dos contos de fadas pra vida real,
Você lindo e fatal,
  eu  uma mera mortal,
No entanto,ainda me encanto
Com a sua destreza de piloto.

E na minha memória
Ainda bem recente
Me lembro a leitura da última poesia,
Cadenciada e potente
Igualzinha à máquina quente
Que por você é acelerada !

Iara pereira de Carvalho

Atividade com descritores.

Trágico Acidente de Leitura - 



Trágico Acidente de Leitura

Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja num raio de lua, num tapete mágico, num trenó, num sonho. Nem lia: deslizava. Quando de súbito a terrível palavra apareceu, apareceu e ficou, plantada ali diante de mim, enfocando-me: ABSCÔNDITO. Que momento passei!... O momento de imobilidade e apreensão de quando o fotógrafo se posta atrás da máquina, envolvidos os dois no mesmo pano preto, como um duplo monstro misterioso e corcunda...terrível silêncio do condenado ante o pelotão de fuzilamento, quando os soldados dormem na pontaria e o capitão vai gritar: Fogo!

Extraído de "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 70.

1- O que o texto considerou um acidente de leitura?

a) O envolvimento num pano preto.
b) Não ler. Deslizar.
c) O fato de alguém encontrar uma palavra desconhecida no meio do livro que estava lendo.
O) O fato de a leitura deixa-lo tão cômodo ao ponto de se sentir viajando num raio de luz...

R: C  -   D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

2- No trecho, " Nem lia: deslizava", a expressão enfatizada dá ideia de:

a) Suavidade e desenvoltura.
b) Tropeços e gagueira.
c) Leitura sem entendimento.
d) Cansaço e indignação.

R: A   -   D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou  expressão. 

3- No trecho: "Que momento passei!..." o emprego das reticências servem para marcar.
a) Pausa e dúvida do leitor quanto a palavra desconhecida.
b) Pausa e perplexidade do leitor diante da palavra nova.
c) Indignação e compreensão do leitor.
d) Indicação de pausa diante do final da leitura.

R: B   -   D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações

Fonte: Livro “Tecendo Linguagens” p.19.

Tipos de Predicados


  • Predicado expressa ação do sujeito.
__Quando o verbo e a palavra mais importante desse predicado.
  • Predicado expressa atributo do sujeito.
__Quando a palavra ou expressão com valor adjetivo que expressa esse atributo é a mais importante do predicado. Nesse caso, o verbo tem como função ligar o sujeito ao seu atributo. Dizemos que se trata de um verbo de ligação.
  • De acordo com a relação que o predicado mantém com o sujeito, há três tipos de predicado.
__ Dinorá era pobre. 
Dinorá = sujeito.
era =  verbo de ligação.
pobre = predicativo.

A palavra pobre é o termo mais importante do predicado. Por isso dizemos que ela é o núcleo do predicado. E, por se tratar de um atributo do sujeito, esse núcleo do predicado é conhecido como predicado do sujeito. Quando o predicado apresenta como núcleo um predicado do sujeito, que se liga ao sujeito por meio de um verbo de ligação, damos a ele o nome de predicado nominal.

Analise outro ex:
Os seus quinze amigos entraram em casa.

Os seus quinze amigos. = sujeito.
entraram em sua casa = predicado.
A palavra entraram é o termo mais importante do predicado, pois expressa uma ação do sujeito e é, portanto, o núcleo do predicado. Quando o predicado apresenta como núcleo um verbo, damos a ele o nome de predicado verbal. 

Analise mais um ex: 

Mariá  gargalhava enlouquecida.

Mariá = sujeito.
gargalhava enlouquecido = predicado

(gargalhava = ação -  enlouquecido = predicativo)
Neste caso, as palavras gargalhava e enlouquecida são igualmente importantes, pois expressam uma ação e um atributo do sujeito ( predicativo do sujeito). Quando o predicado apresenta dois núcleos - um verbo e um predicativo do sujeito -, damos a ele o nome de predicado verbo-nominal



Base: Livro tecendo linguagens p.9

ATIVIDADE

Leia as orações abaixo, identifique o verbo de cada uma delas e, em seguida, classifique o predicado.
1) A laranja parecia madura.
R- Verbo - Parecia = predicado nominal.
2) No lugar das sementes, haviam pérolas enormes.
R- Verbo - Havia = predicado verbal.
3) Dinorá se transformou no mais rico dos reis do destino.
R - Verbo - transformou = predicado nominal.
4) Mariá gosta muito dessa história.
R - Verbo - Gosta = predicado verbal. 

5) Os reis saíram fartos da casa de Mariá.
R - Verbo - predicado verbo-nominal.



ATIVIDADES COM TEXTOS HUMORÍSTICOS

Texto 1)

PULGA SONHADORA

Duas pulgas conversando:
__ O que você faria se ganhasse na loteria?
A amiga responde, com ar de sonhadora:
__ Eu comprava um cachorro só para mim.

Brasil Almanaque de Cultura popular, nº 61, abr.2004 


Texto 2)

 BEM EXPLICADO

Dizem que esta se deu em casa de conhecida, rica e antiga família paulista.
Tendo enviuvado o Cel. Eulálio, deixou lhe a esposa três filhinhos.
Mais tarde casou-se com a viúva D. Eugênia, mãe de três pimpolhos.
Do segundo casamento tiveram mais dois filhos.
Certo, dia ao entrar em casa, ouviu o berreiro dos dois menores e perguntou à esposa:
__Que aconteceu lá dentro.
__Nada demais: teus filhos e meus filhos estão batendo em nossos filhos.

Cornélio Pires. Mixórdia: contos, anedotas. são Paulo: Companhia Editora Nacional.


Responda as questões relacionadas aos textos lidos acima.

1) O que provoca humor no texto 1?

a) Duas pulgas conversando.
b) Pulgas sonhar em ganhar na loteria.
c) O fato de a pulga ter um sonho de consumo como se fosse ser humano.
d)A pulga sonhar com algo impossível.

R: C -  D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

2) Em que fator podemos comparar as duas anedotas.

a) O tema apresentado por ambas.
b) O elemento-surpresa no final da história.
c) A linguagem dos personagens.
d) O desfecho esperado para a história.

R: B - D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. 

3) Qual o tema que faz referência ao texto 2?

a) Sonho de consumo.
b) Amor e convivência.
c) Casamento de viúvos.
d) Família.
R: D  D6 – Identificar o tema de um texto. 

4) O texto 1 trás uma linguagem contemporânea,  enxuta, com frases curtas. Identifique a linguagem do texto 2 analisando também o tipo de personagens.

a) Arcaica/formal.
b) Coloquial/informal.
c) Gíria/informal.
d) Jornalística/formal.
R: A - D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

LITERATURA

Barroco e Arcadismo

Músicas que apresentam características desses movimentos literários 

O professor pode, a seu critério, pesquisar vídeos e clipes com essas canções, usar  áudios ou apenas os textos.


CERTAS COISAS

Não existiria som se não
houvesse o silêncio
Não existiria luz se não
fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite
Não e sim

Cada voz que canta o amor
Não diz
tudo o que quer dizer
Tudo que cala fala mais
alto ao coração
Silenciosamente
eu te falo com paixão

Eu te amo calado
como se fosse uma sintonia
de silêncio e de luz
Nós somos medo e desejo
somos feitos de silêncio e som
Têm certas coisas que eu não sei dizer...

(Lulu Santos e Nelson Mota)


Questão1Na música podemos encontra figuras de linguagem típicas da poesia barroca. Identifique-as, relacionando-as ao movimento literário estudado.

RESPOSTAEspera-se que o aluno perceba que a canção está centrada em na presença de elementos contraditórios entre si, mas interdependentes, cujas existências se complementam. Encontramos antíteses (som/silêncio, luz/escuridão, dia/noite, não/sim etc) e oxímoros/paradoxos (Oxímoro é a nomenclatura mais adequada. É a figura de pensamento em que se exprime um paradoxo que nos obriga a analisar a realidade a partir de diferentes perspectivas, mas sem que entre elas se estabeleça a dicotomia posta em evidência pela antítese simples. Ex.: Tudo o que cala fala mais/alto ao coração, silenciosamente eu te falo, sintonia de silêncio). Essas figuras de linguagem caracterizam a dualidade dos poemas barrocos, período marcado pelo conflito interior de um homem cheio de angústias e dilemas.
















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SUGESTÃO DE ATIVIDADES -LITERATURA

Quinhentismo - Material complementar


- No site abaixo há algumas sugestões de nove filmes que retratam o período da chegada dos portugueses ao Brasil, da colonização etc. E acompanham as respectivas sinopses.

http://literaturanocinema.blogspot.com/2008/08/quinhentismo_08.html


- Os dois textos que seguem são releituras interessantes da carta de Pero Vaz de Caminha. Vale a pena ler, podem possibilitar um trabalho que aproxime mais o tema da realidade de nossos alunos, tornando a aula mais interessante:


SE PERO VAZ DE CAMINHA VIESSE AO BRASIL HOJE...
(adaptado)

"Olá, meu amado rei. Aqui quem fala é Pero Vaz. Está me ouvindo bem? Peguei emprestado o celular de um nativo aqui da nova terra. Tudo bem, o capitão Pedro está mandando um abraço. Chegamos na terça-feira, 21 de abril, mas deixei para ligar no domingo porque a ligação é mais barata. É, aqui tem dessas coisas...
Os nativos ficaram espantados com a nossa chegada por mar. Não acharam que éramos deuses, majestade; acharam que éramos loucos de pisar em um mar tão sujo...
A ligação está boa?
Pois é, esta terra é engraçada. Tem telefonia celular digital, automóveis importados, acesso gratuito à Internet, mas ainda tem gente que morre de malária, e está cheia de criança barriguda de tanto verme. É meio complicado explicar...
Se já encontramos o chefe?
Olha, rei, está meio complicado. Aqui tem muito cacique para pouco índio. Logo que chegamos em Porto Seguro tinha um cacique lá que dizia que fazia chover, que mandava prender e soltar quem ele quisesse. É, um cacique bravo mesmo...
Mais para o Sul encontramos outra tribo, uma aldeia maravilhosa e muito festiva, com lindas nativas quase nuas. (...)
Como vossa majestade pode perceber, é uma terra fácil de se colonizar, pois os nativos não falam a mesma língua. Sim, são pacíficos, sim. É só verem um coco no chão para eles começarem a chutá-lo e esquecerem da vida.
Sabem, sabem ler, mas não todos. A maioria lê muito mal e acredita em tudo que é escrito. Vai ser moleza, fica frio.(...)
Olha, preciso desligar. O rapaz que me emprestou o telefone celular precisa fazer uma ligação. Ele é comerciante. Disse que precisa avisar ao povo que chegou um novo carregamento de farinha.
Engraçado... Eles ficam tão contentes por trabalhar... A cada mercadoria que chega eles sobem o morro e soltam rojões.
É uma terra muito rica, majestade. Acho que desta vez acertamos em cheio!
Isso aqui ainda vai ser o país do futuro..."




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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Formação do povo brasileiro










Uma só palavra ou teoria não seria capaz de abarcar todos os processos e experiências históricas que 
marcaram a formação do povo brasileiro. Marcados pelas contradições do conflito e da convivência, constituímos uma nação com traços singulares que ainda se mostram vivos no cotidiano dos vários tipos de “brasileiros” que reconhecemos nesse território de dimensões continentais.

A primeira marcante mistura aconteceu no momento em que as populações indígenas da região entraram em contato com os colonizadores do Velho Mundo. Em meio ao interesse de exploração e o afastamento dos padrões morais europeus, os portugueses engravidaram várias índias que deram à luz nossa primeira geração de mestiços. Fora da dicotomia imposta entre os “selvagens” (índios) e os “civilizados” (europeus), os mestiços formam um primeiro momento do nosso variado leque de misturas.

Tempos depois, graças ao interesse primordial de se instalar a empresa açucareira, uma grande leva de africanos foi expropriada de suas terras para viverem na condição de escravos. Chegando a um lugar distante de suas referências culturais e familiares, tendo em vista que os mercadores separavam os parentes, os negros tiveram que reelaborar o seu meio de ver o mundo com as sobras daquilo que restava de sua terra natal.

Isso não quer dizer que eles viviam uma mesma realidade na condição de escravos. Muitos deles, não suportando o trauma da diáspora, recorriam ao suicídio, à violência e aos quilombos para se livrar da exploração e elaborar uma cultura à parte da ordem colonial. Outros conseguiam meios de comprar a sua própria liberdade ou, mesmo sendo vistos como escravos, conquistavam funções e redes de relacionamento que lhes concediam uma vida com maiores possibilidades.

Não se limitando na esfera de contato entre o português e o nativo, essa mistura de povos também abriu novas veredas com a exploração sexual dos senhores sobre as suas escravas. No abuso da carne de suas “mercadorias fêmeas”, mais uma parcela de inclassificáveis se constituía no ambiente colonial. Com o passar
do tempo, os paradigmas complexos de reconhecimento dessa nova gente passou a limitar na cor da pele e na renda a distinção dos grupos sociais.
Ainda assim, isso não impedia que o caleidoscópio de gentes estabelecesse uma ampla formação de outras culturas que marcaram a regionalização de tantos espaços. Os citadinos das grandes metrópoles do litoral, os caipiras do interior, os caboclos das regiões áridas do Nordeste, os ribeirinhos da Amazônia, a região de Cerrado e os pampas gaúchos são apenas alguns dos exemplos que escapam da cegueira restritiva das generalizações.

Enquanto tantas sínteses aconteciam sem alcançar um lugar comum, o modelo agroexportador foi mui vagarosamente perdendo espaço para os anseios da modernização capitalista. A força rude e encarecida do trabalho escravo acabou abrindo espaço para a entrada de outros povos do Velho Mundo. Muitos deles, não suportando os abalos causados pelas teorias revolucionárias, o avanço do capitalismo e o fim das monarquias, buscaram uma nova oportunidade nessa já indefinida terra brasilis.

Italianos, alemães, poloneses, japoneses, eslavos e tantos mais não só contribuíram para a exploração de novas terras, como cumpriram as primeiras jornadas de trabalho em ambiente fabril. Assim, chegamos às primeiras décadas do século XX, quando nossos intelectuais modernistas pensaram com mais intensidade essa enorme tralha de culturas que forma a cultura de um só lugar. E assim, apesar das diferenças, frestas, preconceitos e jeitinhos, ainda reconhecemos o tal “brasileiro”.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

htCaros colegas encontrei esse site muito útil, vale a pena conferir" tp s://adonisdutra.com.br/simulados-de-portugues-7ano/