sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Disortografia (Dificuldade de

Aprendizagem)

Fonte: Centro de Fonoaudiologia
DisortografiaA Disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção (aglutinação) ou separação indevidas das palavras, confusão de sílabas, omissões de letras e inversões. Além disso, dificuldades em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação.
Devido à essas dificuldades o indivíduo prepara textos reduzidos e apresenta desinteresse para a escrita. A Disortografia não compromete o traçado ou a grafia.
Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo.
Causa
Considera-se que 90% das disortografias têm como causa um atraso de linguagem ou atraso global de desenvolvimento.
Tratamento
Depois de uma avaliação fonoaudiológica o profissional irá traçar um plano de tratamento para que a disortografia não se torne uma vilã na aprendizagem.
O fonoaudiólogo poderá desenvolver um atendimento preventivo antes mesmo do terceiro ano (antiga 2ª série).
Quanto antes o tratamento com um fonoaudiólogo melhor será o prognóstico!
Veja um caso clínico de um paciente com 9 anos, no 4º ano:
Disortografia Caso Exemplo
Exemplo de disortografia com aglutinações, omissões e separação indevida de palavra.
Após 3 meses de tratamento:
Disortografia Caso Exemplo

quinta-feira, 26 de julho de 2012

COMBINADO DA TURMA



Respeitar os colegas, professores e funcionários da escola.
Não se envolver em confusões.
Não dizer palavras ofensivas.
Manter os cadernos e livros limpos e organizados.
Fazer as atividades e os trabalhos com capricho e atenção.
Trazer os livros e materiais nos dias combinado.
Conservar a sala de aula limpa.
Não rabiscar paredes, carteiras, cadeiras e banheiros.
Formar fila por ordem de tamanho.
Não correr nas escadas e no pátio.
Não empurrar ou agredir os colegas.
Não desperdiçar a merenda.
Não faltar nas aulas.
Ir ao banheiro e beber água na hora do intervalo.
Não usar o celular dentro da escola.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O QUE OS OLHOS NÃO VEEM



Havia uma vez um rei
num reino muito distante,
que vivia em seu palácio
com toda a corte reinante.
Reinar pra ele era fácil,
ele gostava bastante.

Mas um dia, coisa estranha!
Como foi que aconteceu?
Com tristeza do seu povo
nosso rei adoeceu.
De uma doença esquisita,
toda gente, muito aflita,
de repente percebeu...

Pessoas grandes e fortes
o rei enxergava bem.
Mas se fossem pequeninas,
e se falassem baixinho,
o rei não via ninguém.

Por isso, seus funcionários
tinham de ser escolhidos
entre os grandes e falantes,
sempre muito bem nutridos.
Que tivessem muita força,
e que fossem bem nascidos.
E assim, quem fosse pequeno,
da voz fraca, mal vestido,
não conseguia ser visto.
E nunca, nunca era ouvido.

O rei não fazia nada
contra tal situação;
pois nem mesmo acreditava
nessa modificação.
E se não via os pequenos
e sua voz não escutava,
por mais que eles reclamassem
o rei nem mesmo notava.

E o pior é que a doença
num instante se espalhou.
Quem vivia junto ao rei
logo a doença pegou.
E os ministros e os soldados,
funcionários e agregados,
toda essa gente cegou.

De uma cegueira terrível,
que até parecia incrível
de um vivente acreditar,
que os mesmos olhos que viam
pessoas grandes e fortes,
as pessoas pequeninas
não podiam enxergar.

E se, no meio do povo,
nascia algum grandalhão,
era logo convidado
para ser o assistente
de algum grande figurão.
Ou senão, pra ter patente
de tenente ou capitão.
E logo que ele chegava,
no palácio se instalava;
e a doença, bem depressa,
no tal grandalhão pegava.

Todas aquelas pessoas,
com quem ele convivia,
que ele tão bem enxergava,
cuja voz tão bem ouvia,
como num encantamento,
ele agora não tomava
o menor conhecimento...

Seria até engraçado
se não fosse muito triste;
como tanta coisa estranha
que por esse mundo existe.

E o povo foi desprezado,
pouco a pouco, lentamente.
Enquanto que próprio rei
vivia muito contente;
pois o que os olhos não vêem,
nosso coração não sente.

E o povo foi percebendo
que estava sendo esquecido;
que trabalhava bastante,
mas que nunca era atendido;
que por mais que se esforçasse
não era reconhecido.

Cada pessoa do povo
foi chegando á convicção,
que eles mesmos é que tinham
que encontrar a solução
pra terminar a tragédia.
Pois quem monta na garupa
não pega nunca na rédea!

Eles então se juntaram,
Discutiram, pelejaram,
E chegaram à conclusão
Que, se a voz de um era fraca,
Juntando as vozes de todos
Mais parecia um trovão.

E se todos, tão pequenos,
Fizessem pernas de pau,
Então ficariam grandes,
E no palácio real
Seriam logo avistados,
Ouviriam os seus brados,
Seria como um sinal.

E todos juntos, unidos,
fazendo muito alarido
seguiram pra capital.
Agora, todos bem altos
nas suas pernas de pau.
Enquanto isso, nosso rei
continuava contente.
Pois o que os olhos não vêem
nosso coração não sente...

Mas de repente, que coisa!
Que ruído tão possante!
Uma voz tão alta assim
só pode ser um gigante!
- Vamos olhar na muralha.
- Ai, São Sinfrônio, me valha
neste momento terrível!
Que coisa tão grande é esta
que parece uma floresta?
Mas que multidão incrível!

E os barões e os cavaleiros,
ministros e camareiros,
damas, valetes e o rei
tremiam como geléia,
daquela grande assembléia,
como eu nunca imaginei!

E os grandões, antes tão fortes,
que pareciam suportes
da própria casa real;
agora tinham xiliques
e cheios de tremeliques
fugiam da capital.

O povo estava espantado
pois nunca tinha pensado
em causar tal confusão,
só queriam ser ouvidos,
ser vistos e recebidos
sem maior complicação.

E agora os nobres fugiam,
apavorados corriam
de medo daquela gente.
E o rei corria na frente,
dizendo que desistia
de seus poderes reais.
Se governar era aquilo
ele não queria mais!

Eu vou parar por aqui
a história a que estou contando.
O que se seguiu depois
cada um vá inventando.
Se apareceu novo rei
ou se o povo está mandando,
na verdade não faz mal.
Que todos naquele reino
guardam muito bem guardadas
as suas pernas de pau.

Pois temem que seu governo
possa cegar de repente.
E eles sabem muito bem
que quando os olhos não vêem
nosso coração não sente.

 RUTH ROCHA

sexta-feira, 29 de junho de 2012

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Projeto

Produção de minicontos no Twitter

Objetivos
- Identificar a adequação do uso da língua escrita em veículos diferentes.
- Desenvolver a síntese.
- Utilizar recursos coesivos.

Conteúdo
- Produção de textos

Anos
6º ao 9º.

Tempo estimado
Sete aulas.

Material necessário
Livro Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século XX (org. Marcelino Freire, 240 págs., Ateliê Editorial, tel. 11/4702-5915, 34 reais) e computador com acesso à internet.

Flexibilização
Para alunos com deficiência intelectual
Apresente o Twitter antecipadamente ao aluno com deficiência intelectual e proponha que ele escreva alguns posts para adaptar-se à rede social. Oriente-o na leitura do livro de Marcelino Freire e sugira que os colegas comecem a história, para que o aluno entenda a lógica da produção e também contribua com o livro de microcontos da turma. Se ele ainda não consegue escrever períodos completos, sugira que diga quem serão os personagens da história ou descreva os cenários, orientando a produção dos colegas. O trabalho em duplas ou em pequenos grupos também contribui, assim como a produção de textos sobre temas cotidianos, próximos da realidade do aluno.

Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte à classe quem usa o Twitter e quais são suas características. Deixe que os usuários apresentem a ferramenta aos colegas. Caso não haja alunos que conheçam a ferramenta, disponibilize impressos que reproduzam as postagens. Compare-a com blogs, torpedos de celular e postagens de redes sociais.

2ª etapa
Apresente o livro Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século XX. Antes da leitura, mostre o formato do volume, que já aponta para a concisão do seu conteúdo. Selecione cerca de dez contos e leia-os com a turma. Observe que a brevidade das produções do livro faz com que eles sejam microcontos.

3ª etapa
Oriente a produção de uma história dentro de uma temática que agrade a garotada. Comece com a escrita em papel comum. Não limite o tamanho do texto nesta etapa, mas ressalte que ele se tornará um microconto posteriormente.

4ª etapa
Peça que os jovens reescrevam o texto, cortando palavras ou frases que julgam desnecessárias. Explique que, nesse gênero, a descrição de personagens e cenários não é uma boa ideia, pois ela ocupará muito espaço, sobrando quase nada para a história central. Fale da possibilidade de o microconto sugerir, em vez de contar. Para que eles entendam melhor o assunto, escolha uma história do livro e leia em voz alta. Reflita com a turma, discutindo qual a história central que o texto conta.

5ª etapa
Após a primeira reescrita, verifique quanto os textos diminuíram. Peça que compartilhem com o colega ao lado e que a dupla discuta os critérios de edição. Circule pela sala, interferindo nos debates e sugerindo formas de diminuir os microcontos. Questione sobre qual é a ideia daquela história e pergunte ao colega o que ele entendeu após a leitura, e vice-versa. Peça que os alunos reescrevam sua história no computador, sem ultrapassar os 140 caracteres.

6ª etapa
Organizados em grupos, os estudantes devem ler os contos dos colegas e eleger o melhor texto de cada um. Oriente que eles levem em consideração não apenas o seu aspecto formal mas também o caráter impactante. Recolha as outras produções e verifique se há problemas relativos à coerência, ao estilo e ao uso de conectores linguísticos. Para observar se os trabalhos escolhidos encontram-se dentro do padrão solicitado, crie uma conta de e-mail e peça que os alunos enviem os textos para ela. Verifique o número de caracteres deles. Se fugirem ao estabelecido, reoriente a seleção.

7ª etapa
Crie uma conta no Twitter, o "livro virtual" que reunirá todos os microcontos selecionados ou um livro impresso com os mesmos textos. Eles devem seguir o formato do Twitter.

Produto final
Livro virtual ou impresso.

Avaliação
Analise com a turma os microcontos descartados e verifique o porquê de eles não terem sido escolhidos: ultrapassaram o número de caracteres estabelecido?, possuem problemas de contectores linguísticos?, não impactam o leitor? Aponte as deficiências encontradas e proponha reescritas coletivas.

 

 

 

Leitura e produção de lendas urbanas


Leve o "Homem do Saco" e a "Loira do Banheiro" para a sala de aula e trabalhe a leitura e a produção de texto

Objetivos
- Aumentar o repertório de lendas conhecidas.
- Aprimorar a escrita e identificar características das modalidades oral e escrita.

Conteúdos
- Lendas urbanas.
- Leitura e produção de texto.

Anos
6º e 7º.

Tempo estimado
7 aulas.

Material necessário
- Computadores com acesso à internet ou cópias de lendas urbanas para distribuir para os alunos, como Vovó Maria e A Loira do Banheiro, de Heloisa Prieto e O Homem do Saco, de Ana Cláudia Ramos.
- Gravador ou celular que possua a função de gravação.

Desenvolvimento
1ª etapa
Estude o subgênero em detalhes para conhecê-lo e poder trabalhar com os alunos. Algumas leituras podem ajudar na reflexão. São elas:
- Lendas brasileiras para jovens, de Luis da Câmara Cascudo, Global Editora.
- A análise da narrativa, de Yves Reuter. Ed. Difel.
- Lendas urbanas, Jorge Tadeu, Ed. Planeta do Brasil.
- Introdução à literatura fantástica, de Tzvetan Todorov, Ed. Perspectiva.
- Em Busca do Gênero Lenda Urbana, artigo de Carlos Renato Lopes, do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
- Lendas urbanas da Loira do banheiro e Vovó Maria, de Heloisa Prieto, e do Homem do Saco, de Anna Claudia Ramos disponíveis no site de Nova Escola.

2ª etapa
Questione quais lendas urbanas os alunos conhecem e peça como tarefa de casa que conversem com os pais, os avós ou conhecidos mais velhos sobre quais lendas do repertório popular assombrava-os quando crianças. Se possível, peça para que eles utilizem um gravador ou mesmo o celular para gravar a narrativa.

3ª etapa
Organize um momento de socialização para que os estudantes contem o que descobriram. É possível que eles narrem indistintamente lendas folclóricas (Boitatá, Mula-sem-cabeça, Saci-Pererê, etc.) e lendas urbanas (Loira do Banheiro, Homem do Saco, Gangue do Palhaço, A brincadeira do copo, Mensagem secreta no navegador, Amor de mãe, etc.). Alguns podem também apresentar até contos (Barba Azul, Chapeuzinho Vermelho, Três porquinhos, etc.).

Oriente a exposição:
- Pontue oralmente o que difere as lendas dos contos (observe que as lendas costumam ser mais breves que os contos, seu enredo é mais simples e há menos personagens). Depois, diferencie as lendas folclóricas das urbanas (destaque que as primeiras são histórias mais antigas, enquanto as urbanas exploram aspectos inusitados da vida cotidiana que supostamente aconteceram recentemente).
- Quem contou a história. Procure saber não apenas quem narrou a lenda para o aluno, mas também quem a contou ao seu familiar ou conhecido, destacando que essas histórias geralmente não são retiradas de livros, mas fazem parte de um repertório da cultura oral.
- Qual é a personagem principal e como é caracterizada (física e psicologicamente). Enfatize que as lendas costumam ter poucas personagens - a história centra-se no que acontece à vítima ou no que faz o malfeitor, ou ainda na ameaça que determinado objeto representa.
- Se mais de um aluno apresentar diferentes versões para a mesma lenda aproveite a oportunidade para comentar que essa é uma das características que faz parte do gênero, enfatizando que pequenas alterações são próprias das histórias transmitidas oralmente.
- Em que lugar se passa a lenda. É provável que alguns deles contem, inclusive, que viram ou conheceram alguém que passou por determinada experiência, sem contar o fato de os seus temores serem atuais (medo de assalto, sequestro, trapaça, etc.).
- As reações que a lenda provocava em quem ouve. Questione se os alunos têm medo ou se acreditam nas lendas folclóricas e urbanas.

4ª etapa
Convide a turma a diferenciar aspectos da linguagem oral e escrita. Peça que os alunos transcrevam o áudio com a lenda de forma literal, ou seja, registre as marcas da oralidade, como pausas, repetições, termos coloquiais etc. Em seguida, sinalize que há diferenças entre falar e escrever, como o uso da entonação, ritmo, postura e gestos que complementam o que é dito. Porém, em um texto escrito é necessário substituir essas marcas com recursos gráficos para que sejamos igualmente bem compreendidos. Tal exercício permite que se evidencie o processo pelo qual todos devemos passar ao transpormos de uma modalidade a outra o nosso pensamento. Solicite à classe que aponte os trechos marcadamente presentes na linguagem oral e circule-os no texto. Você também pode sistematizar essas características em uma tabela ao lado do texto.

5ª etapa
É hora de ampliar o repertório da turma. Entregue para as crianças cópias de algumas lendas urbanas, como as versões de Heloisa Prieto de Vovó Maria e A Loira do Banheiro. Oriente que pesquisem em bibliotecas outros textos. É possível encontrar versões online, mas para solicitar uma pesquisa na internet, selecione previamente os sites que têm bons materiais e sugira como referência para os alunos. Organize um roteiro para guiar a leitura e orientar a turma a fim de que constatem que as lendas urbanas costumam desenvolver-se ao redor de uma única personagem ou de um pequeno grupo de personagens, abordam temas ligados à violência urbana, exploram nomes, lugares e marcas conhecidos etc.

6ª etapa
Proponha que eles editem os textos que foram transcritos na etapa anterior. Depois de os alunos realizarem uma leitura individual e silenciosa, peça que observem as expressões e maneiras de falar próprias da tradição oral, sinalizando-as no texto e que reescrevam a lenda adequando a linguagem. Explique que a primeira coisa a fazer para garantir a coesão é eliminar as repetições, hesitações ("é...", "hum..." etc.) e conceitos redundantes. Em seguida, peça que façam as modificações necessárias no que se refere à pontuação e à ordenação dos parágrafos. Frise que são necessários ajustes para uma transposição que garanta clareza e resgate o mesmo senso de humor, assombro ou terror que a versão oral trazia. Ressalte a importância do processo de revisão, em especial para que observem se não há problemas de concordância verbal e nominal e se é preciso substituir algumas palavras por outras mais precisas.

7ª etapa
Recolha as produções para analisá-las. Selecione algumas para serem discutidas com todos – para elegê-las, selecione aquela que represente as dificuldades mais recorrentes apresentadas pela maioria da turma, principalmente as que preservam equivocadamente as marcas de oralidade, omitindo o nome dos autores, para discutir com a classe.

Avaliação
Com as atividades de produção e revisão de texto, verifique se os alunos fazem a transposição da lenda para a linguagem escrita, distinguindo as marcas de oralidade da escrita formal e, durante o processo de elaboração do quadro comparativo.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMPLETA EM:: REVISTA NOVA ESCOLA

Emprego do mais e do mas

Mas: conjugação, palavra invariável que une termos de uma oração ou orações. Pode ser substituido por porém, entretanto e contudo.
Exemplo:
Meu carro está com um problema no motor, mas eu levarei no mecânico para consertar.
Carol perdeu seu celular, mas vai comprar outro.
Você não estva lá na hora que eu precisei, mas não tem problema.

Mais: advérbio de intensidade. Pode modificar também adjetivos e advérbios. O contrário de menos.
Exemplo:
Eu tenho mais irmãos do que você.
Meu irmão é mais velho que eu.
Julia comprou mais um carro.


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