quarta-feira, 6 de junho de 2012


O monstro que morava embaixo da cama de T. Meroso
Quando eu tinha 7 anos de idade, meu pai vivia pegando no meu pé para arrumar o quarto. Até que ele não era tão bagunçado, mas, conforme se chegava mais perto da cama, a bagunça aumentava. Acontece que, desde que eu era bebê, eu sabia que havia um monstro horroroso morando embaixo da minha cama, e evitava me aproximar dela. O monstro era sinistro. Toda noite, quando eu ia dormir, ele rosnava e fazia uns ruídos estranhos – acho que estava mastigando pedaços dos meus brinquedos. E sempre que meus pais estavam no quarto, ele parava na hora, e eles não acreditavam que havia um monstro ali. Mas um dia meu pai disse que eu tinha que arrumar meu quarto, e eu precisei obedecer, porque a cara dele estava mais feia do que a cara do monstro – embora eu nunca tivesse visto a cara do monstro para comparar! Reuni coragem e comecei a arrumar a bagunça. Finalmente cheguei perto da cama... e olhei lá embaixo. Encontrei 39 carrinhos desmontados, 7 livros amassados, 14 cuecas que nem me serviam mais e uns 20 pés de meias que tinham sumido nos últimos anos. Mas nem sinal do monstro. Depois daquele dia, ele nunca mais rosnou ou roubou brinquedos... Quando meus filhos nasceram, achei que o monstro voltaria para assombrar o quarto deles. Perguntei aos meninos se não havia um monstro debaixo de sua cama, e eles riram de mim. Disseram que lá só havia um portal quântico multidimensional que levava a outros universos. Será?
Rosana Rios. O livro dos sustos: o que fazer nas situações horripilantes da vida.
São Paulo: Ática, 2006.



3º Ano – 2º Bimestre




MARIA VAI COM AS OUTRAS
Era uma vez uma ovelha chamada Maria.
Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.
As ovelhas iam pra baixo. Maria ia para baixo.
As ovelhas iam pra cima. Maria ia pra cima.
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo sul.
Maria foi também.
Ai, que lugar frio!
As ovelhas pegaram uma gripe!!!
Maria pegou gripe também. Atchim!
Maria ia sempre com as outras.
Depois todas as ovelhas foram para o deserto.
Maria foi também.
Ai, que lugar quente!
As ovelhas tiveram insolação.
Maria teve insolação também. Uf! Puf!
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.
Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló,
Maria comia também. Que horror!
Foi quando, de repente, Maria pensou:
“Se eu não gosto de jiló,
Por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da Lagoa.
Todas as ovelhas pularam.
Pulava uma ovelha, não caía na Lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!
Pulava outra ovelha, não caía na Lagoa, caía na pedra, quebrava o pé, chorava: mé!
Chegou a vez da Maria pular.
Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.
Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé!
Sylvia Orthoff
4º ANO – 2º BIMESTRE 2012


A COISA
A casa do avô de Alvinho era uma dessas casas antigas, grandes, que têm dois andares e mais um velho porão, onde a família guarda tudo que ninguém sabe bem se quer ou não quer.
Um dia Alvinho resolveu ir lá embaixo procurar uns patins que ele não sabia onde é que estavam. Pegou uma lanterna, que as lâmpadas do porão estavam queimadas, e foi descendo as escadas com cuidado.
No que foi, voltou aos berros:
__ Fantasma! Uma coisa horrível! Um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo da barriga.
Ninguém acreditou, está claro! Onde é que já se viu monstro com luz saindo da barriga? Nem em filme de guerra nas estrelas!
Então o vovô foi ver o que havia. E voltou correndo, como o Alvinho.
__ A Coisa!  - ele gritava. – A Coisa! É pavorosa! Muito alta, com os olhos brilhantes, como se fossem de vidro! E na cabeça uns tufos espetados pra todos os lados!
Nessa altura a família toda começou a acreditar. E tio Gumercindo resolveu investigar. E voltou, como os outros, correndo e gritando:
__ A Coisa! É uma Coisa! Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca. É muito horrorosa!
O Alvinho já estava roendo as unhas de tanto medo. Dona Julinha a  avó de Alvinho, era a única que não estava impressionada.
__ Deixa de bobagem, Alvinho. Pra que este medo? Fantasmas não existem!
__ Mas o meu existe! – disse Alvinho.
__Tá bem, tá bem, eu vou – disse Dona Julinha. Eu vou ver o que há...
E Dona Julinha foi tirar a limpo o que estava acontecendo. Foi descendo as escadas devagar, abrindo as janelas que encontrava.
A família veio toda atrás, assustada, morrendo de medo do monstro, fantasma, alma penada, fosse ele o que fosse. Até que chegaram lá embaixo e Dona Julinha abriu a última janela.
Então todos começaram a rir, muito envergonhados.
A Coisa era... um espelho!
Dona Julinha tinha levado o espelho para baixo e tinha coberto com um lençol (Dona Julinha não tinha medo de fantasmas, mas tinha medo de raios...).
Um dia o lençol desprendeu e caiu e se transformou na... Coisa...
Cada um que descia as escadas, no escuro, via uma coisa diferente no espelho. E todos eles pensavam que tinham visto... a Coisa.
A Coisa eram eles mesmos!
Não ria, não! Você já reparou como um espelho no escuro é esquisito?
    Ruth Rocha
(Texto retirado do livro As Aventuras de Alvinho, Ruth rocha).
5º ANO – 2º BIMESTRE - 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012


Sugestão de atividade para jogos orais
O jogo está na linguagem,mas a linguagem também está no jogo.Quando jogamos,usamos a
Linguagem para estabelecer ou comunicar as regras do jogo.Podemos  também jogar com a própria linguagem.Há diferentes maneiras de fazer isso:Jogar com sons,jogar com o sentido das palavras ou com ambos ao mesmo.
Os procedimentos para jogar com os sons são:A rima,a repetição, a substituição,etc.Nos jogos com a linguagem encontramos não só  poesia como também a musicalidade.
A onomatopéia é um jogo de palavras bem interessante,pois busca reproduzir por meio da combinação das palavras os barulhos e ruídos do que está dito.As onomatopéias podem representar idéias,sentimentos ou objetos do mundo com sons.È  o que podemos observar no poema de Cecília Meirelles-“enchente”,quando lemos em voz alta ,percebemos que os versos do poema representam o chiado da água da chuva e o barulho da enchente.
Enchente
.
Chama o Alexandre!
Chama!
Olha a chuva que chega!
É a enchente.
Olha o chão que foge com a chuva...
Olha a chuva que encharca a gente.
Põe a chave na fechadura.
Fecha a porta por causa da chuva,
olha a rua como se enche!
Enquanto chove, bota a chaleira
no fogo: olha a chama! olha a chispa!
Olha a chuva nos feixes de lenha!
Vamos tomar chá, pois a chuva
é tanta que nem de galocha
se pode andar na rua cheia!
Chama o Alexandre!
Chama!

Cecília Meireles



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