segunda-feira, 19 de março de 2012
PROJETO “ALÉM DAS PALAVRAS
A IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE ALFABETIZADOR
A partir do monitoramento e das observações em sala de aula do Projeto “Além das Palavras” ocorreu à necessidade de discorrer sobre a importância do ambiente alfabetizador e das experiências exitosas nas Unidades Escolares, pois todo o ambiente em que ocorre o processo de alfabetização vem revisto de especificidades físicas e humanas que o caracterizam como espaço efetivo de aprendizagem.
1. Especificidades físicas:
O ambiente alfabetizador deve traduzir o que ocorre ou vai ocorrer naquele meio, mesmo que os estudantes não estejam alfabetizados: alfabetos, calendário, chamada, combinados e diferentes textos. Os textos deverão revestir as paredes para que o contato visual familiarize o estudante com o mundo da escrita e para que ele recorra a esses textos para sustentar suas hipóteses ou sanar suas dificuldades.
Torna-se fundamental ampliar o repertorio dos estudantes por meio do contato com diferentes gêneros literários, dando oportunidades de explorar novos livros, e escolher suas próprias leituras.
Por outro lado, as produções individuais e coletivas devem preencher espaços que serão renovados e refeitos sempre que os alunos sentirem necessidades ou a cada novo aprendizado, tais atividades ampliam a vivência do estudante com o mundo letrado.
CHAMADA ANIVERSÁRIANTES CARTAZ - ALFABETO
CALENDÁRIO COMBINADOS
As atividades desenvolvidas devem ter intencionalidade e principalmente objetivos claros.
2. Especificidades humanas:
O professor precisa impregnar a sala de aula com situações problematizadoras que instiguem o estudante a levantar hipóteses sobre as situações que lhe são colocadas, estimulando o desenvolvimento de habilidades que levem à argumentação coerente, potencializando sua curiosidade natural e possibilitando a formação de competências necessárias à resolução de problemas concretos em seu cotidiano.
MOMENTOS
Rotina:
Para a organização de uma rotina é de fundamental importância que o professor reflita sobre os pressupostos, métodos, paradigmas, formas de avaliação, que serão adotados na sua prática, uma vez que estes fatores estão intimamente relacionados ao que vai ocorrer no cotidiano escolar. As rotinas, por serem atos diários são intencionais e precisam expressar a fundamentação teórica do alfabetizador.
O professor deve oportunizar atividades individuais, e em grupos menores, distribuindo as tarefas do dia, de maneira, que o planejamento contemple todos esses momentos para intensificar as várias situações de aprendizagem.
É necessário distribuir o tempo de acordo com o conteúdo/assunto a ser aprendido respeitando a faixa etária e desempenho dos estudantes, bem como problematizar as situações de aprendizagem considerando a capacidade de autonomia do educando.
A dosagem do conteúdo deve respeitar o nível de concentração e permanência do estudante na atividade frente ao desafio proposto. O professor deverá na oralidade explorar a vivência, através da construção de histórias, leituras dramatizadas, leituras compartilhadas, onde, por meio dos quais os estudantes poderão recontar e escrever a sua história.
É fundamental para essa faixa etária o controle do tempo, o professor deverá manejar com flexibilidade a duração das situações didáticas e retomada dos conteú dos em diferentes formas e situações de aprendizagem e atividades alternativas respeitando ritmos dos estudantes, a distribuição do tempo também desenvolve atitudes de disciplina e responsabilidade.
As atividades em grupo devem ser estruturas com ações didáticas que possibilitem a troca de informações, favoreçam a socialização, fazendo fluir a interação com cooperação e respeito entre os participantes do processo ensino aprendizagem.
A rotina permite que ao terminar uma tarefa, o estudante se prepare para a seguinte, com relação à organização dos materiais e até mesmo participar da organização da sala.
C. Roda de leitura:
As rodas de leitura devem ser atividades planejadas e permanentes. Com vistas a favorecer a leitura na escola, devem ser realizados todos os dias preferencialmente dentro de uma sequência de ações informadas previamente aos estudantes. O ambiente deve ser preparado de modo que os estudantes possam sentar em círculo, seja em cadeiras ou no chão, com tapetes ou almofadas, e todos possam ver e ouvir a voz do professor.
Nas unidades escolares que disponham de biblioteca, é fundamental o momento da leitura, pois cria o gosto e preferência por obras, gêneros e autores.
As rodas de leitura na biblioteca devem ser realizadas como uma atividade planejada e permanente de leitura na escola. O ideal é que aconteça semanal ou e quinzenal. É importante que se converse sobre as leituras que os estudantes realizaram em casa por meio de empréstimos de livros, e leitura compartilhada com a família etc.
Uma pequena biblioteca torna-se recurso importante para o manuseio de livros, levantamento de hipóteses de leitura, e leitura propriamente dita ligadas sempre aos usos, funções e valores do mundo letrado, conduzindo o estudante a gostar do contato com os livros.
CONHECIMENTO
PRAZER
INFORMAÇÃO
ENTRETENIMENTO FANTASIA
Os momentos de leitura não podem estar reduzidos às “rodas” que são usados para a leitura individual ou coletiva e, até mesmo, para a pseudoleitura. O ato de ler tem que ser provocado a todo o momento em livros, notícias, da comunidade e outros recursos solicitados pelo professor ou sugeridos pelos estudantes.
Alguns textos apresentados na Coletânea devem ser lidos pelo professor. Nesse tipo de leitura, o estudante deverá ficar liderado da tarefa de decodificação, concentrando sua atenção na compreensão do texto, bem como na aprendizagem de estratégias para desenvolver vocabulário e capacidade de compreensão.
Além disso, o material do Projeto recomenda que o professor faça diariamente, com seus estudantes, leituras de livros infantis clássicos e contemporâneos, a fim de desenvolver o hábito e gosto pela leitura; e que encoraje seus estudantes e famílias a retirarem livros da biblioteca para ler em casa.
As visitas a livrarias, feiras de livros fazem parte de um ambiente alfabetizador das especificidades físicas propiciando ao estudante a convivência com o mundo da escrita fora do espaço escolar e a compreensão de como a escrita e como é armazenada pela sociedade.
O ambiente alfabetizador, estará enriquecido com a “alfabetização matemática” e poderá disponibilizar jogos para trabalhar estimativas, sólidos que permitem desenvolver a noção espacial, materiais concretos que propiciem a construção do número e, posteriormente, dêem significado às operações.
A construção de um ambiente alfabetizador que pretende trazer o mundo letrado para dentro da sala de aula, oportuniza os estudantes a vivenciar o processo de alfabetização de forma contextualizada;
Ampliar o repertório literário;
Interagir com o livro de maneira prazerosa, reconhecendo-o como fonte de informações e entretenimento;
Estabelecer relações com outros textos;
Ampliar os conhecimentos acerca de determinado gênero, utilizando-os como um critério de seleção na escolha dos livros a serem retirados/recomendados e enriquecendo as possibilidades de antecipações e interpretações;
Compartilhar experiências leitoras;
Conhecer diferentes coleções, ampliando os conhecimentos acerca das características desse tipo de publicações e utilizando-os como um critério na escolha dos livros a serem retirados ou em sua indicação;
Jogos e brincadeiras previamente pensadas, e com intencionalidade própria, são fundamentais para que a ludicidade seja incorporada aos procedimentos estabelecidos para a aprendizagem da leitura e escrita;
Enfim o ambiente alfabetizador, portanto, deve contemplar as diversas formas de linguagens, contribuindo com a inserção do estudante na realidade vivida por ele.
É lento ensinar por teorias, mas breve e eficaz fazê-lo pelo exemplo.
(Séneca)
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