quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ATIVIDADES COM TEXTOS HUMORÍSTICOS

Texto 1)

PULGA SONHADORA

Duas pulgas conversando:
__ O que você faria se ganhasse na loteria?
A amiga responde, com ar de sonhadora:
__ Eu comprava um cachorro só para mim.

Brasil Almanaque de Cultura popular, nº 61, abr.2004 


Texto 2)

 BEM EXPLICADO

Dizem que esta se deu em casa de conhecida, rica e antiga família paulista.
Tendo enviuvado o Cel. Eulálio, deixou lhe a esposa três filhinhos.
Mais tarde casou-se com a viúva D. Eugênia, mãe de três pimpolhos.
Do segundo casamento tiveram mais dois filhos.
Certo, dia ao entrar em casa, ouviu o berreiro dos dois menores e perguntou à esposa:
__Que aconteceu lá dentro.
__Nada demais: teus filhos e meus filhos estão batendo em nossos filhos.

Cornélio Pires. Mixórdia: contos, anedotas. são Paulo: Companhia Editora Nacional.


Responda as questões relacionadas aos textos lidos acima.

1) O que provoca humor no texto 1?

a) Duas pulgas conversando.
b) Pulgas sonhar em ganhar na loteria.
c) O fato de a pulga ter um sonho de consumo como se fosse ser humano.
d)A pulga sonhar com algo impossível.

R: C -  D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

2) Em que fator podemos comparar as duas anedotas.

a) O tema apresentado por ambas.
b) O elemento-surpresa no final da história.
c) A linguagem dos personagens.
d) O desfecho esperado para a história.

R: B - D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. 

3) Qual o tema que faz referência ao texto 2?

a) Sonho de consumo.
b) Amor e convivência.
c) Casamento de viúvos.
d) Família.
R: D  D6 – Identificar o tema de um texto. 

4) O texto 1 trás uma linguagem contemporânea,  enxuta, com frases curtas. Identifique a linguagem do texto 2 analisando também o tipo de personagens.

a) Arcaica/formal.
b) Coloquial/informal.
c) Gíria/informal.
d) Jornalística/formal.
R: A - D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

LITERATURA

Barroco e Arcadismo

Músicas que apresentam características desses movimentos literários 

O professor pode, a seu critério, pesquisar vídeos e clipes com essas canções, usar  áudios ou apenas os textos.


CERTAS COISAS

Não existiria som se não
houvesse o silêncio
Não existiria luz se não
fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite
Não e sim

Cada voz que canta o amor
Não diz
tudo o que quer dizer
Tudo que cala fala mais
alto ao coração
Silenciosamente
eu te falo com paixão

Eu te amo calado
como se fosse uma sintonia
de silêncio e de luz
Nós somos medo e desejo
somos feitos de silêncio e som
Têm certas coisas que eu não sei dizer...

(Lulu Santos e Nelson Mota)


Questão1Na música podemos encontra figuras de linguagem típicas da poesia barroca. Identifique-as, relacionando-as ao movimento literário estudado.

RESPOSTAEspera-se que o aluno perceba que a canção está centrada em na presença de elementos contraditórios entre si, mas interdependentes, cujas existências se complementam. Encontramos antíteses (som/silêncio, luz/escuridão, dia/noite, não/sim etc) e oxímoros/paradoxos (Oxímoro é a nomenclatura mais adequada. É a figura de pensamento em que se exprime um paradoxo que nos obriga a analisar a realidade a partir de diferentes perspectivas, mas sem que entre elas se estabeleça a dicotomia posta em evidência pela antítese simples. Ex.: Tudo o que cala fala mais/alto ao coração, silenciosamente eu te falo, sintonia de silêncio). Essas figuras de linguagem caracterizam a dualidade dos poemas barrocos, período marcado pelo conflito interior de um homem cheio de angústias e dilemas.
















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SUGESTÃO DE ATIVIDADES -LITERATURA

Quinhentismo - Material complementar


- No site abaixo há algumas sugestões de nove filmes que retratam o período da chegada dos portugueses ao Brasil, da colonização etc. E acompanham as respectivas sinopses.

http://literaturanocinema.blogspot.com/2008/08/quinhentismo_08.html


- Os dois textos que seguem são releituras interessantes da carta de Pero Vaz de Caminha. Vale a pena ler, podem possibilitar um trabalho que aproxime mais o tema da realidade de nossos alunos, tornando a aula mais interessante:


SE PERO VAZ DE CAMINHA VIESSE AO BRASIL HOJE...
(adaptado)

"Olá, meu amado rei. Aqui quem fala é Pero Vaz. Está me ouvindo bem? Peguei emprestado o celular de um nativo aqui da nova terra. Tudo bem, o capitão Pedro está mandando um abraço. Chegamos na terça-feira, 21 de abril, mas deixei para ligar no domingo porque a ligação é mais barata. É, aqui tem dessas coisas...
Os nativos ficaram espantados com a nossa chegada por mar. Não acharam que éramos deuses, majestade; acharam que éramos loucos de pisar em um mar tão sujo...
A ligação está boa?
Pois é, esta terra é engraçada. Tem telefonia celular digital, automóveis importados, acesso gratuito à Internet, mas ainda tem gente que morre de malária, e está cheia de criança barriguda de tanto verme. É meio complicado explicar...
Se já encontramos o chefe?
Olha, rei, está meio complicado. Aqui tem muito cacique para pouco índio. Logo que chegamos em Porto Seguro tinha um cacique lá que dizia que fazia chover, que mandava prender e soltar quem ele quisesse. É, um cacique bravo mesmo...
Mais para o Sul encontramos outra tribo, uma aldeia maravilhosa e muito festiva, com lindas nativas quase nuas. (...)
Como vossa majestade pode perceber, é uma terra fácil de se colonizar, pois os nativos não falam a mesma língua. Sim, são pacíficos, sim. É só verem um coco no chão para eles começarem a chutá-lo e esquecerem da vida.
Sabem, sabem ler, mas não todos. A maioria lê muito mal e acredita em tudo que é escrito. Vai ser moleza, fica frio.(...)
Olha, preciso desligar. O rapaz que me emprestou o telefone celular precisa fazer uma ligação. Ele é comerciante. Disse que precisa avisar ao povo que chegou um novo carregamento de farinha.
Engraçado... Eles ficam tão contentes por trabalhar... A cada mercadoria que chega eles sobem o morro e soltam rojões.
É uma terra muito rica, majestade. Acho que desta vez acertamos em cheio!
Isso aqui ainda vai ser o país do futuro..."




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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Formação do povo brasileiro










Uma só palavra ou teoria não seria capaz de abarcar todos os processos e experiências históricas que 
marcaram a formação do povo brasileiro. Marcados pelas contradições do conflito e da convivência, constituímos uma nação com traços singulares que ainda se mostram vivos no cotidiano dos vários tipos de “brasileiros” que reconhecemos nesse território de dimensões continentais.

A primeira marcante mistura aconteceu no momento em que as populações indígenas da região entraram em contato com os colonizadores do Velho Mundo. Em meio ao interesse de exploração e o afastamento dos padrões morais europeus, os portugueses engravidaram várias índias que deram à luz nossa primeira geração de mestiços. Fora da dicotomia imposta entre os “selvagens” (índios) e os “civilizados” (europeus), os mestiços formam um primeiro momento do nosso variado leque de misturas.

Tempos depois, graças ao interesse primordial de se instalar a empresa açucareira, uma grande leva de africanos foi expropriada de suas terras para viverem na condição de escravos. Chegando a um lugar distante de suas referências culturais e familiares, tendo em vista que os mercadores separavam os parentes, os negros tiveram que reelaborar o seu meio de ver o mundo com as sobras daquilo que restava de sua terra natal.

Isso não quer dizer que eles viviam uma mesma realidade na condição de escravos. Muitos deles, não suportando o trauma da diáspora, recorriam ao suicídio, à violência e aos quilombos para se livrar da exploração e elaborar uma cultura à parte da ordem colonial. Outros conseguiam meios de comprar a sua própria liberdade ou, mesmo sendo vistos como escravos, conquistavam funções e redes de relacionamento que lhes concediam uma vida com maiores possibilidades.

Não se limitando na esfera de contato entre o português e o nativo, essa mistura de povos também abriu novas veredas com a exploração sexual dos senhores sobre as suas escravas. No abuso da carne de suas “mercadorias fêmeas”, mais uma parcela de inclassificáveis se constituía no ambiente colonial. Com o passar
do tempo, os paradigmas complexos de reconhecimento dessa nova gente passou a limitar na cor da pele e na renda a distinção dos grupos sociais.
Ainda assim, isso não impedia que o caleidoscópio de gentes estabelecesse uma ampla formação de outras culturas que marcaram a regionalização de tantos espaços. Os citadinos das grandes metrópoles do litoral, os caipiras do interior, os caboclos das regiões áridas do Nordeste, os ribeirinhos da Amazônia, a região de Cerrado e os pampas gaúchos são apenas alguns dos exemplos que escapam da cegueira restritiva das generalizações.

Enquanto tantas sínteses aconteciam sem alcançar um lugar comum, o modelo agroexportador foi mui vagarosamente perdendo espaço para os anseios da modernização capitalista. A força rude e encarecida do trabalho escravo acabou abrindo espaço para a entrada de outros povos do Velho Mundo. Muitos deles, não suportando os abalos causados pelas teorias revolucionárias, o avanço do capitalismo e o fim das monarquias, buscaram uma nova oportunidade nessa já indefinida terra brasilis.

Italianos, alemães, poloneses, japoneses, eslavos e tantos mais não só contribuíram para a exploração de novas terras, como cumpriram as primeiras jornadas de trabalho em ambiente fabril. Assim, chegamos às primeiras décadas do século XX, quando nossos intelectuais modernistas pensaram com mais intensidade essa enorme tralha de culturas que forma a cultura de um só lugar. E assim, apesar das diferenças, frestas, preconceitos e jeitinhos, ainda reconhecemos o tal “brasileiro”.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Curiosidade!

Português na História

Curiosamente, o português surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas europeus e asiáticos. Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente acabou subdividida em cinco ramos: o helênico, de onde veio o idioma grego; o românico, que originou o português, o italiano, o francês e uma série de outras línguas denominadas latinas; o germânico, de onde surgiram o inglês e o alemão; e finalmente o céltico, que deu origem aos idiomas irlandês e gaélico. O ramo eslavo, que é o quinto, deu origem a outras diversas línguas atualmente faladas na Europa Oriental.
O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.), e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido na península Ibérica pelos conquistadores romanos. Damos o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No caso da Península Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua portuguesa.
O domínio cultural e político dos romanos na península Ibérica impôs sua língua, que, entretanto, mesclou-se com os substratos linguísticos lá existentes, dando origem a vários dialetos, genericamente chamados romanços (do latim romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"). Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se, até constituírem novas línguas. Quando os germânicos, e posteriormente os árabes, invadiram a Península, a língua sofreu algumas modificações, porém o idioma falado pelos invasores nunca conseguiu se estabelecer totalmente.
Somente no século XI, quando os cristãos expulsaram os árabes da península, o galego-português passou a ser falado e escrito na Lusitânia, onde também surgiram dialetos originados pelo contato do árabe com o latim. O galego-português, derivado do romanço, era um falar geograficamente limitado a toda a faixa ocidental da Península, correspondendo aos atuais territórios da Galiza e de Portugal. Em meados do século XIV, evidenciaram-se os falares do sul, notadamente da região de Lisboa. Assim, as diferenças entre o galego e o português começaram a se  acentuar. A consolidação de autonomia política, seguida da dilatação do império luso consagrou o português como língua oficial da nação. Enquanto isso, o galego se estabeleceu como uma língua variante do espanhol, que ainda é falada na Galícia,  situada na região norte da Espanha.
 As grandes navegações, a partir do século XV d.C. ampliaram os domínios de Portugal e levaram a Língua Portuguesa às novas terras da África (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), ilhas próximas da costa africana (Açores, Madeira), Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu), Oceania (Timor) e América (Brasil).
A Evolução da Língua Portuguesa
Destacam-se alguns períodos:
1) Fase Proto-histórica
Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade usada apenas em documentos, por esta razão também denominada de latim tabeliônico).
2) Fase do Português Arcaico
Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos:
a) do século XII ao XIV, com textos em galego-português;
b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.
3) Fase do Português Moderno
Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do português atual. A literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões, desempenhou papel fundamental nesse processo de uniformização. Em 1536, o padre Fernão de Oliveira publicou a primeira gramática de Língua Portuguesa, a "Grammatica de Lingoagem Portuguesa". Seu estilo baseava-se no conceito clássico de gramática, entendida como "arte de falar e escrever corretamente".

acentuação gráfica



 




Regras de Acentuação Gráfica


   Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:
    trágico, patico, árvore
Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
l cil
n len
r caver
ps ceps
x rax
us rus
i, is ri, pis
om, ons iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) quei,neis

Observações:
1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens", não. (hifens, jovens)
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r". (semi, super)
3)  Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s),io(s).
Exemplos:
    várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início

Como estimular o raciocínio lógico.

Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma proposta metodológica - com base científica - para a educação matemática, destaca as contribuições de Piaget e Vygostsky. Mesmo com algumas divergências teóricas, estes autores defendem a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem. A principal questão é a que separa os enfoques cognitivos atuais entre o desenvolvimento e a concepção de aprendizagem. Segundo Piaget, a atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o que ocasiona aprendizagem - ação do sujeito mediante o equilíbrio das estruturas cognitivas, o que sustenta a aprendizagem é o desenvolvimento cognitivo.
A aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. Nesta concepção de aprendizagem "... o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de colocar o pensamento do sujeito como ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar internamente no sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento" (Moura, 1994, p. 20). Dependendo do papel que o jogo exerce na construção dos conceitos matemáticos, seja como material de ensino, seja como o de conhecimento feito ou se fazendo, tem as polêmicas teóricas entre os autores. Na concepção Piagetiana, o jogo assume a característica de promotor da aprendizagem da criança. Ao ser colocado diante de situações de brincadeira, a criança compreende a estrutura lógica do jogo e, conseqüentemente, a estrutura matemática presente neste jogo.
A operacionalização e análise destas idéias podem ser feitas em Kami & Declark (1994, p. 169). Segundo essas autoras, os "jogos em grupo fornecem caminhos para um jogo estruturado no qual eles [os alunos] são intrinsecamente motivados a pensar e a lembrar as combinações numéricas. Jogos em grupo permitem também que as crianças decidam qual jogo elas querem jogar, quando e com quem. Finalmente, esses jogos incentivam interação social e competição". Para Vygotsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo, que se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso requer um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido (conceitos matemáticos e culturais).
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança" (Kishimoto, 1994, p. 22). Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito mais do que um simples material instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade, da iniciativa e da intuição. Enfim, do prazer, elemento indispensável para que ocorra aprendizagem significativa. Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático.
Referimo-nos àqueles que implicam conhecimentos matemáticos. Vygotsky afirmava que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido.
Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, esses são classificados em três tipos:
1. Jogos estratégicos, onde são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio lógico. Com eles, os alunos lêem as regras e buscam caminhos para atingirem o objetivo final, utilizando estratégias para isso. O fator sorte não interfere no resultado.
2. Jogos de treinamento, os quais são utilizados quando o professor percebe que alguns alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir as cansativas listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um papel preponderante e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as idéias anteriormente colocadas.
3. Jogos geométricos, que têm como objetivo desenvolver a habilidade de observação e o pensamento lógico.
Com eles conseguimos trabalhar figuras geométricas, semelhança de figuras, ângulos e polígonos. Os jogos com regras são importantes para o desenvolvimento do pensamento lógico, pois a aplicação sistemática das mesmas encaminha a deduções. São mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que para o trabalho com algum conteúdo específico. As regras e os procedimentos devem ser apresentados aos jogadores antes da partida e preestabelecer os limites e possibilidades de ação de cada jogador. A responsabilidade de cumprir normas e zelar pelo seu cumprimento encoraja o desenvolvimento da iniciativa, da mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que pensa. Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento matemático.
Em ambos temos regras, instruções, operações, definições, deduções, desenvolvimento, utilização de normas e novos conhecimentos (resultados).
O trabalho com jogos matemáticos em sala de aula nos traz alguns benefícios:

  • conseguimos detectar os alunos que estão com dificuldades reais
  • o aluno demonstra para seus colegas e professores se o assunto foi bem assimilado
  • existe uma competição entre os jogadores e os adversários, pois almejam vencer e para isso aperfeiçoam-se e ultrapassam seus limites
  • durante o desenrolar de um jogo, observamos que o aluno se torna mais crítico, alerta e confiante, expressando o que pensa, elaborando perguntas e tirando conclusões sem necessidade da interferência ou aprovação do professor
  • não existe o medo de errar, pois o erro é considerado um degrau necessário para se chegar a uma resposta correta
  • o aluno se empolga com o clima de uma aula diferente, o que faz com que aprenda sem perceber.
Mas devemos, também, ter alguns cuidados ao escolher os jogos a serem aplicados:
  • não tornar o jogo algo obrigatório
  • escolher jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores estratégias
  • utilizar atividades que envolvam dois ou mais alunos, para oportunizar a interação social
  • estabelecer regras, que podem ou não ser modificadas no decorrer de uma rodada
  • trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la
  • estudar o jogo antes de aplicá-lo (o que só é possível, jogando).

 Fonte: www.pr.senai.br

htCaros colegas encontrei esse site muito útil, vale a pena conferir" tp s://adonisdutra.com.br/simulados-de-portugues-7ano/